A esporotricose, também conhecida como doença do jardineiro, é provocada por um fungo denominado
Sporothrix schencki, encontrado no solo e em plantas e de distribuição mundial.
A doença é mais comum em gatos mas também pode acometer outras espécies. Por ser transmissível ao homem é considerada um zoonose.
No Rio de Janeiro, o Hospital Evandro Chagas (Fiocruz) é considerado como referência para o tratamento da doença em seres humanos.
Desde 1998 que os casos de esporotricose no Rio de Janeiro vem crescendo de forma gradativa. De acordo com a Agência Fiocruz de notícias, a maioria dos casos em seres humanos é oriunda de arranhões e mordeduras de felinos doentes.
A forma natural de contágio é através de estruturas miceliais através de um ferimento. O fungo multiplica-se no nódulo linfático, onde fica retido, quando alcança um número elevado se espalha pelos vasos linfáticos. A doença é crônica e tem desenvolvimento lento.
Em humanos, observa-se a forma pápulo-nodular eritematosa que evolui para ferimentos ulcerados ou lesões verrucosas. Um linfangite nodular ascendente também pode ser observada. O período de incubação pode variar de alguns dias até 3 meses. As lesões são mais frequentes nos membros superiores e na face.
A forma cutânea da doença é a mais comum e pode se apresentar de 3 formas:
- forma cutânea localizada - com ferimentos superficiais sem comprometimento linfático
- forma cutâneo linfática - é a forma mais comum. A lesão começa com a formação de um nódulo que ulcera. A partir desta lesão forma-se um cordão endurecido que segue pelos vasos linfáticos em direção os linfonodos.
- forma cutâneo disseminada - ocorre em paciente s imunossuprimidos. Lesões nodulares, ulceradas e verrucosas se disseminam pela pele.
Em felinos a forma cutânea da doença é a mais observada. As lesões são mais frequentes na região nasal.
Gato com lesão (nódulo) no nariz devido a esporotricose
Em gatos a doença se manifesta de forma mais grave do que em outras espécies e se não tratada corretamente levará o animal a óbito. O diagnóstico precoce, assim como uso de medicamentos corretamente são essenciais para o sucesso no tratamento. Os proprietários devem ter em mente que a doença tem cura mas o tratamento é longo e deve ser seguido a risca.
gato com esporotricose - antes e depois do tratamento